quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: SAEB

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www.seduc.ro.gov.br

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por três avaliações: 
  1.  Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb): que tem como objetivo avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação brasileira (chamado comumente de SAEB).
  2. Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc): que tem em como objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas do País. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas divulgações 
  3. A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) : que tem em como objetivo principal avaliar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática, além das  condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas
As Provas são desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais  Anísio Teixeira (Inep/MEC), Nelas se encontram as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia. 
  • Objetivos
O Saeb foi criado tendo por objetivo central promover uma avaliação externa e em larga escala da educação no Brasil, visando a construir dois tipos de medidas:
  1. Aprendizagem os estudantes
  2. Fatores de contexto correlacionados com o desempenho escolar
  3. A implementação da avaliação em larga escala se constituiu com a intenção de subsidiar os formuladores e executores das ações governamentais na área educacional em todos os níveis de governo. Com a avaliação se pretende averiguar a eficiência dos sistemas no processo de ensino-aprendizagem e, também, a equidade da educação oferecida em todo o país. 

  • Metas
SAEB é uma das ferramentas que o IDEB usa para medir o rendimento escolar dos estudantes do nosso país. O resultado varia de 0 a 10 sendo que atualmente a nota é entre 3,7 e 5,0.
Após a aplicação e correção das provas, o resultado das mesmas será usado em uma formula onde também será utilizado a nota média do SAEB e um indicador (Nota baseada no numero de aprovados), assim dando um resultado para o nível de rendimento escolar do Brasil, onde o MEC tem como meta até o ano de 2021 alcançar a nota 6,0 .
Referências Bibliográficas

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. O que é o SAEB. Disponível em http://portal.inep.gov.br/saeb Acessado em Abril de 2014
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Resultados aneb e anresc (prova brasil) 2011. Disponível em http://portal.inep.gov.br/web/saeb/resultados Acessado em Abril de 2014.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. SAEB. Disponível em http://portal.inep.gov.br/web/saeb/aneb-e-anresc Acessado em Abril de 2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PDE/ SAEB: plano de desenvolvimento da educação. 2011. Disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/saeb_matriz2.pdf Acessado em Abril de 2014.
PARANÁ. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Sistema nacional de avaliação da educação básica (SAEB). Disponível em http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=61 Acessado em Abril de 2014.

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO

Quando falamos em ‘pilares’ logo podemos dizer que é algo que sustenta uma estrutura e que sem um deles esta desmoronaria. Os Quatro Pilares da Educação são fundamentos da Educação baseados no Relatório  Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, para a UNESCO. Eles tem como principal função mostrar onde a educação  deve se basear para que os alunos saiam da escola como uma formação não só acadêmica, mas também social. Esses pilares são:


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Mas o que cada um deles significa?
1. Aprender a Conhecer
  • Refere- se à aquisição dos "instrumentos do conhecimento", desenvolvendo nos alunos o raciocínio lógico, a capacidade de compreensão, o pensamento dedutivo e intuitivo e a memória.
  • Atua no campo das atitudes e dos valores e envolve uma consciência e ações contra o preconceito e as rivalidades:
  • Saber fazer ou dominar competências não se separa de aprender a conhecer, mas confere ao aluno uma formação técnico-profissional!
  • É necessário valorizar a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente.
  • Desenvolver nos alunos a vontade de aprender e querer saber mais e melhor.
2. Aprender a Conviver
  • Aprende a viver com os outros;
  • A compreendê-los;
  • A desenvolver a percepção de interdependência;
  • A administrar conflitos;
  • A participar de projetos comuns;
  • A ter prazer no esforço comum.
3. Aprendem a Fazer
  • Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas;
  • Estar apto a enfrentar novas situações;
  • Trabalhar em equipe;
  • Desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas;
  • Comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível;
  • Ter iniciativa e intuição
4.Aprender a Ser
  • Esta aprendizagem depende das outras três, e dessa forma a educação deve propor como uma de suas finalidades essenciais o desenvolvimento do indivíduo, espírito e corpo, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal e espiritualidade.

Referências Bibliográficas

CONGRESSO NACIONAL. Plano nacional de educação. Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf. Acessado em maio de 2014
CONGRESSO NACIONAL. Plano nacional de educação para o decênio 2011-2020. Disponível em file:///C:/Users/Camila/Downloads/pne_projeto_lei%20(1).pdf. Acessado em maio de 2014
TERRA. Plano nacional de educação. Disponível em http://noticias.terra.com.br/educacao/20-metas-pne/ Acessado em maio de 2014
FOLHA. Conceito dos quatro pilares da educação ganha explicação de celso antunes. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/821418-conceito-dos-quatro-pilares-da-educacao-ganha-explicacao-de-celso-antunes.shtml. Acessado em maio de 2014
RODRIGUES, S. B. Os quatro pilares de uma educação para o século XXI e suas implicações na prática pedagógica. Disponível em http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056. Acessado em maio de 2014

A ESCOLA COMO ESPAÇO SOCIOCULTURAL, DE JUAREZ TARCISIO DAYRELL (p. 1 a 11)


Primeiros olhares sobre a escola

Falar da escola, enquanto instituição, como espaço sócio-cultural, demanda o resgate no papel dos sujeitos na trama social que a constitui. A partir da década de 80, surgiu uma nova idéia que coloca a pessoa, no centro do conhecimento como autor e sujeito desse mundo, onde tanto a natureza, quanto as estruturas, estão no centro da pessoa, o que significa que a natureza e a sociedade são antes de tudo humanas.
Dessa forma a instituição escolar seria resultado de um conflito de interesses, onde de um lado se encontra uma organização oficial do sistema escolar (que "define conteúdos da tarefa central, atribui funções, organiza, separa e hierarquiza o espaço); e  de outro, os sujeitos, que compreendem os alunos, professores, funcionários, criando uma trama que faz com que a escola seja um processo permanente de construção social. A escola como construção social implica,então, em  compreendê-la no seu fazer cotidiano, onde os sujeitos não são apenas agentes passivos, mas fazem parte de uma relação em contínua construção,de conflitos e negociações em função de momentos específicos.

A diversidade cultural

Antes de entender esse assunto, primeiramente, é preciso se fazer algumas perguntas como:

1. Quem são estes jovens? 
2. O que vão buscar na escola ? 
3. Qual o significado das experiências vivenciadas neste espaço
4. O que significa para eles a instituição escolar? 

Para grande parte dos professores, a resposta a essas perguntas é óbvia: são alunos. Essa categoria que vai mostrar seu olhar e a madeira como eles irão manter suas relações com esses jovens. Desse modo, todos os alunos são tratados como iguais, procurariam a escola pelos mesmos motivos e teriam os mesmo objetivos.
A escola é então uma instituição única, com os mesmos sentidos e objetivos, tendo a função de garantir a todos o acesso aos conhecimentos socialmente acumulados. Porém, esses conhecimentos seriam apenas considerados meros produtos sem ser considerado o valor dos processos, Tornando a escola um ‘objeto’, onde o que é valorizado são as provas e as notas e o objetivo da escola se reduz ao "passar de ano".
Contudo, precisamos levar em conta que os alunos são sujeitos sócio-culturais que chegam à escola com um acúmulo de experiências vividas, onde se baseiam para elaborar uma cultura própria. Dessa forma, esses jovens são o resultado de um abrangente processo educativo, que ocorre no cotidiano das relações sociais,nos elementos culturais que eles têm acesso, nas estruturas sociais onde se encontram e a suas contradições.
Para esses alunos a escola tem múltiplos sentidos como lugar de encontrar e conviver com os amigos; o lugar onde se aprende a ser "educado"; o lugar onde se aumenta os conhecimentos; o lugar onde se tira diploma e que possibilita passar em concursos. Então pode-se afirmar que todos os alunos têm, de alguma forma, uma razão para estar na escola.
Então cada aluno e a escola tem o seu próprio projeto, se pensarmos que a escolar é um espaço de formação humana, e não apenas de transmissão de conteúdos, a escola não teria que ser um local de reflexão e sim um lugar para ampliação dos projetos dos alunos. Essas implicações trazem desafios aos educadores para desenvolverem posturas e instrumentos metodológicos que propiciem o aprimoramento do seu olhar sobre o aluno, como sujeito, conhecendo as dimensões culturais em que o aluno é diferente, podendo resgatar a diferença como algo bom e não como deficiência.

Conclusão


É possível notar a importância de diversos fatores do processo de educação. A relação que existem entre o professor e o aluno é a mais delicada além de ser a que terá mais influência para que os projetos de educação sejam alcançados, escola e a motivação do aluno também são fatores de grande peso no processo de educação. A cumplicidade entre os dois é essencial para que o grupo caminhe de forma positiva, apesar de algumas vezes tanto o aluno quanto o professor possuem lideres “negativos” dificultando a ligação existente que por fim irá gerar um distúrbio na relação prejudicando não só os alunos quanto ao professor.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN) NO QUARTO CICLO

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sebodomessias.com.br


Visão geral

  • O que é o PCN? Quais os seus objetivos? 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais são uma referência para o ensino fundamental e médio de todo o país,  não possuem caráter de obrigatoriedade e portanto podem ser adaptados ás condições de cada escola.
Este documento aborda orientações didáticas gerais para o planejamento de unidades e projetos, visando à integração de conteúdos por meio de temas de trabalho, para a intervenção problematizadora, para a busca de informações em fontes variadas e para a sistematização de conhecimentos.
Assim, o PCN serve basicamente para auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio no planejamento de aulas e garantir  o direito de usufruir do conhecimento reconhecido como necessário para o exercício de cidadania.



  • Estrutura Macro:
  • Ensino Fundamental
  • 1º a 4º série
  • 5º a 8º serie
  • Ensino Médio

Ciências naturais no quarto ciclo (7º e 8º séries)

Nesta último ciclo da escola fundamental é importante o professor pensar em quais conteúdos deve escolher pra dar fechamento a estudos mais amplos e difíceis que no ciclo anterior. É natural que se pense que neste período os alunos adquiriram maior maturidade intelectual para a discussão dos novos assuntos em sala de aula, Mas é sempre importante levar em conta a escolaridade anterior e as oportunidades de vivência que os estudantes tiveram anteriormente, no terceiro ciclo.
O  PCN diz que “é mais frequente, por parte dos estudantes, o interesse em compreender o alcance social e histórico das diferentes atividades humanas, entre Ciência e Tecnologia”. Neste sentido, com base no conhecimentos adquiridos pelos alunos, o professor porpocionaria novos conteúdos com diferentes enfoques, sobre escalas maiores de tempo e espaço, visualizando o planeta como, e até mesmo a Terra na Sistema Solar.
O Professor também seria um auxiliador no ensino da observação, medição, construção e interpretação de gráficos, comparação de dados e outros métodos trabalhados artesanalmente em sala de aula,  já que cada tema em estudo, traria para a sala de aula, novas necessidades para a compreensão dos alunos sobre as dimensões desses áreas.

  • Temas a serem estudados nesse ciclo:
  • TERRA E UNIVERSO;
  • VIDA E AMBIENTE;
  • SER HUMANO E SAÚDE;
  • TECNOLOGIA E SOCIEDADE;

  • Objetivos Gerais do Quarto Ciclo:
Sobre os objetivos, segundo PCN, se espera que os alunos adquiram as seguintes capacidades:
  • “compreender e exemplificar como as necessidades humanas, de caráter social, prático ou cultural, contribuem para o desenvolvimento do conhecimento científico ou, no sentido
  • inverso, beneficiam-se desse conhecimento;
  • •compreender as relações de mão dupla entre o processo social e a evolução das tecnologias, associadas à compreensão dos processos de transformação de energia, dos materiais e da vida;
  • •valorizar a disseminação de informações socialmente relevantes aos membros da sua comunidade;
  • confrontar as diferentes explicações individuais e coletivas, reconhecendo a existência de diferentes modelos explicativos na Ciência, inclusive de caráter histórico, respeitando as
  • opiniões, para reelaborar suas idéias e interpretações;
  • •elaborar individualmente e em grupo relatos orais, escritos, perguntas e suposições acerca do tema em estudo, estabelecendo relações entre as informações obtidas por meio
  • de trabalhos práticos e de textos, registrando suas próprias sínteses mediante tabelas, gráficos, esquemas, textos ou maquetes;
  • •compreender como as teorias geocêntrica e heliocêntrica explicam os movimentos dos corpos celestes, relacionando esses movimentos a dados de observação e à importância
  • histórica dessas diferentes visões;
  • •compreender a história evolutiva dos seres vivos, relacionandoa aos processos de formação do planeta;
  • •caracterizar as transformações tanto naturais como induzidas pelas atividades humanas, na atmosfera, na litosfera, na hidrosfera e na biosfera, associadas aos ciclos dos materiais e
  • ao fluxo de energia na Terra, reconhecendo a necessidade de investimento para preservar o ambiente em geral e, particularmente, em sua região;
  • •compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões biológicas, afetivas e sociais, relacionando a prevenção de doenças e promoção de saúde das comunidades a políticas públicas adequadas;
  • •compreender as diferentes dimensões da reprodução humana e os métodos anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro e a gravidez planejada.”


•Agora, na realidade…

Podemos Perceber que o PCN lava em conta que os alunos do quarto ciclo já adquiriram maturidade e capacidades suficientes para que os temas propostos sejam desenvolvidos e os objetivos concluídos. Mas nem sempre isso é possível. Com base em conversas informais com Professores, observações e relatos de estagiários do PIBID, percebe-se que mesmo estando  no quarto ciclo, algumas capacidades como interpretação de texto, a própria escrita e o pensamento crítico não foram adquiridas, indicando que os alunos não estariam “preparados para o quarto ciclo” embora tenham sido aprovados nos ciclos anteriores. Observações como estas são alarmantes, pois o quarto ciclo compreende os últimos anos do ensino fundamental na vida do aluno, e deveria  prepara-lo para encarar a realidade do ensino médio, onde o pensamento crítico e a formação de hipóteses são cobrados com maior rigor.  O resultado disso só poderá ser uma imensa bola de neve, que aumenta cada vez mais que cai pela ladeira do sistema de ensino fundamental e terminará em um ensino médio com alunos sem opiniões próprias e máquinas de fotocópias de lousa.


Para mais informações sobre o PCN: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/linksCursosMateriais.html?categoria=23

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Ensino Fundamental de 9 anos

A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade, é uma meta almejada para a política nacional de educação, há muitos anos. Contudo, ainda há muito o que planejar e estudar para que, com esta medida, melhorem as condições de equidade e de qualidade da Educação Básica.

Conforme  pesquisas, 81,7% das crianças de seis anos estão na escola, sendo que 38,9% frequentam a Educação Infantil, 13,6% as classes de alfabetização e 29,6% já estão no Ensino Fundamental (IBGE, Censo Demográfico 2000).
Esse dado reforça o propósito de ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, uma vez que permite aumentar o número de crianças incluídas no sistema educacional. Os setores populares deverão ser os mais beneficiados, uma vez que as crianças de seis anos da classe média e alta já se encontram majoritariamente incorporadas ao sistema de ensino – na pré-escola ou na primeira série do Ensino Fundamental. A opção pela faixa etária dos 6 aos 14 e não dos 7 aos 15 anos para o Ensino Fundamental de nove anos segue a tendência das famílias e dos sistemas de ensino de inserir progressivamente as crianças de 6 anos na rede escolar. A inclusão, mediante a antecipação do acesso, é uma medida contextualizada nas políticas educacionais focalizadas no Ensino Fundamental. Assim, observadas as balizas legais constituídas desde outras gestões, elas podem ser implementadas positivamente na medida em que podem levar a uma escolarização mais construtiva. Isto porque a adoção de um ensino obrigatório de nove anos iniciando aos seis anos de idade pode contribuir para uma mudança na estrutura e na cultura escolar.
No entanto, não se trata de transferir para as crianças de seis anos os conteúdos e atividades da tradicional primeira série, mas de conceber uma nova estrutura de organização dos conteúdos em um Ensino Fundamental de nove anos, considerando o perfil de seus alunos. O objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior aprendizagem não depende do aumento do tempo de permanência na escola, mas sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve contribuir significativamente para que os educandos aprendam mais.
Seu ingresso no Ensino Fundamental obrigatório não pode constituir-se em medida meramente administrativa. O cuidado na seqüência do processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de seis anos de idade implica o conhecimento e a atenção às suas características etárias, sociais e psicológicas. As orientações pedagógicas, por sua vez, estarão atentas a essas características para que as crianças sejam respeitadas como sujeitos do aprendizado.



Dificuldades enfrentadas

Planejar a oferta de vagas em número suficiente para atender toda a demanda, adequação dos espaços físicos e do material pedagógico, quantidade de professores e de profissionais de apoio, com formação adequada e plano de carreira.

Acompanhar e participar das discussões sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, que estão sendo elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação.

Reorganizar o Ensino Fundamental, tendo em vista não apenas o primeiro ano, mas sim todos os seus nove anos.

Re-elaborar a proposta pedagógica da Secretaria de Educação.

Re-elaborar o projeto pedagógico da escola.

Estabelecer política de formação continuada para professores, gestores e profissionais de apoio pelo respectivo sistema de ensino.


O conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos é o conteúdo trabalhado no último ano da pré-escola de seis anos?

Não. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, não tem como objetivo preparar crianças para o Ensino Fundamental; tem objetivos próprios que devem ser alcançados na perspectiva do desenvolvimento infantil respeitando, cuidando e educando crianças no tempo singular da primeira infância. No caso do primeiro ano do Ensino Fundamental a criança de seis
anos, assim como as demais de sete a dez anos de idade, precisam de uma proposta curricular que atenda suas características, potencialidades e necessidades específicas dessa infância.


Opiniões

Por parte dos professores, á um certo sentimento de angústia e frustração, por conta da incerteza em relação as mudanças já citadas anteriormente. O trabalho pedagógico feito visa a centralização da alfabetização, Esse aspecto acentua a preocupação com a dificuldade em acolher as culturas e linguagens infantis, incluindo-se a brincadeira de faz-de-conta. Existe também um certo receio sobre os espaços físicos das escolas


Referências
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Ensino fundamental de nove anos-orientações gerais. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/9anosgeral.pdf>. Acesso em: 25 de agosto de 2014.

SOUZA MORO, Catarina. Ensino fundamental de 9 anos: o que dizem as professoras do 1.° ano.Tese –Doutorado em educação, Universidade Federal do Paraná,2009.  Disponível : http://www.scielo.br/pdf/er/n34/18.pdf  Acesso em: 25 de agosto de 2014.